FAQ

Qual é o maior versículo da Bíblia?

Para satisfazer a sua curiosidade, dei uma olhada e poderia sugerir para você que o versículo maior na Bíblia é Ester 8,9: Então, foram chamados, sem detença, os secretários do rei, aos vinte e três dias do mês de sivã, que é o terceiro mês. E, segundo tudo quanto ordenou Mordecai, se escreveu um edito para os judeus, para os sátrapas, para os governadores e para os príncipes das províncias que se estendem da Índia à Etiópia, cento e vinte e sete províncias, a cada uma no seu próprio modo de escrever, e a cada povo na sua própria língua; e também aos judeus segundo o seu próprio modo de escrever e a sua própria língua.

Essa tradução é a Almeida Revista e Atualizada: 94 palavras e 410 carácteres.
Vamos ver outras 2 versões:
Bíblia Sagrada - Edição Pastoral: 79 palavras e 368 carácteres
Bíblia Sagrada Ave-Maria: 66 palavras e 331 carácteres

Aonde está escrito na Bíblia que o casal deve ser casado no cartório para estar de acordo com os mandamentos de Deus?

A Bíblia ensina que devemos obedecer às leis vigentes no país em que vivemos. Como cidadão brasileiro e principalmente cristão temos que estar de acordo com as leis.

Veja, por exemplo, o que diz em Mateus 19.7 sobre a carta de divórcio. Confira também em Marcos 10.4, e Dt. 24.1. Isso mostra que, devido à dureza dos corações, Moisés lhes permitiu que rejeitassem as esposas e que lhes dessem a carta de divórcio. Fica subentendido que por ocasião do casamento fora também feito um documento.

O apóstolo Paulo nos ensina que devemos estar sujeitos às autoridades, pois elas foram constituídas por Deus. E quem as resiste está indo contra as ordenanças de Deus, (Rm. 13.1-7). O apóstolo Pedro também traz essa recomendação (veja 1ª Pedro 1.13-17).

Desta forma a Igreja do Senhor que é organizada e estabelecida de acordo com as leis vigentes no país, exige que os casais sejam casados no civil (cartório), para poderem atuar como responsáveis pelos serviços da mesma(Confira 1ª Tm. 3.1,2; Tt. 1.6).

Quantos anos tinha José quando foi vendido como escravo pelos seus irmãos?

Gênesis 37 conta que,quando esse episódio aconteceu, José tinha dezessete anos.

Como é a vida de Maria?

É difícil falar de Maria, sobretudo de forma ecumênica, pois estamos cheios de preconceito, seja da parte de católicos que de outras denominações cristãs. De qualquer forma podemos dizer que, como cristãos, temos motivos para celebrar Maria como "rainha e senhora". Ao mesmo tempo, não podemos absolutamente esquecer a história daquela mulher simples que viveu num pequeno povoado de uma região periférica no mundo daquele tempo. Quer dizer, não é alguém em cima dum pedestal, irreal, mas é uma como nós e, portanto, como os demais seres humanos, nasceu e viveu num contexto histórico, social, econômico, político e cultural e não viveu de modo nenhum segregada e protegida. Foi escolhida por Deus para ser a mãe de Jesus, teve uma vocação especial e foi fiel na resposta ao chamado.

Falando objetivamente, não é fácil conhecer a história de Maria. As nossas fontes são os evangelhos e sabemos que esses são interpreções da história, inspiradas na fé da comunidade que os escreveu. Apesar disso o que é dito neles não pode ser esquecido, mas deve ser o ponto de partida para toda especulação mariológica.

No Novo Testamento há diversas tradições. Maria é referência indireta nos escritos paulinos. Marcos a apresenta como mulher do povo e participante de sua mentalidade. Os Evangelhos da infância apresentam uma teologia bem elaborada sobre a fisionomia espiritual da Virgem, enquanto o quarto evangelista destaca sua fidelidade e seu significado na comunidade cristã.

De todas essas interpretações podemos concluir:
- Maria foi uma mulher simples do povo e sensível às necessidades
dos pobres.

Embora os Evangelhos nada digam sobre os pais de Miryam, nome original de Maria, segundo a tradição eles se chamavam Joaquim e Ana. Vivia em Nazaré, um povoado sem renome e de má fama, na região norte chamada Galiléia. Sua existência deve ter sido como a de qualquer outra jovem daquela cultura: arrumar a casa, ajudar os irmãos menores, e participar nas festas religiosas. Ainda se conserva em Nazaré a "fonte da Virgem". Ali ela comentaria com as outras mulheres os acontecimentos e rumores de cada dia.

Contam os Evangelhos que Miryam estava prometida para ser esposa de um carpinteiro justo e honrado que se chamava José, e talvez tivesse emigrado da Judéia. Maria e José pertencem ao povo humilde, de modo que quando seus conterrâneos vêem que Jesus fala tão bem, se admiram: "Mas não é este o filho do carpinteiro e de Maria?" (Mc 6,2).

Aquela mulher é sensível às necessidades dos outros. Sabendo que sua parenta Isabel já está no sexto mês de gravidez, desloca-se para lhe dar assistência. Quando participava de uma festa de casamento, percebe que falta vinho, e procura falar com Jesus para resolver o problema, e impedir que os noivos fiquem envergonhados.
- Miryam recebeu de Deus um favor singular na concepção e no nascimento de Jesus. Movida pelo Espírito, entregou-se totalmente ao projeto de salvação, vivendo sua maternidade até as últimas consequências.
Nos primeiros meses de gestação, a criança se configura física e psicologicamente por obra de sua mãe, que não só a alimenta com a própria vida como também a torna centro de seus pensamentos, afetos e cuidados. A mãe amolda misteriosamente a personalidade de seu filho.
A frase do evangelho é bem eloquente: "Maria deu à luz o filho primogênito. Envolveu-o em panos e o deitou numa manjedoura, por não haver lugar na hospedaria" (Lc 2,7).
Nesse gesto está implícito o amor materno e a ternura que viveu aquela jovem mãe ao encontrar-se diante de seu filho. A experiência singular que Maria teve de Deus não diminuiu seu afeto materno; tornou-o mais profundo, delicado e total.

- A Virgem fez sua caminhada na surpresa e na obscuridade da fé.

Os evangelhos da infância sugerem que os inícios não foram fáceis: conflito com José pela gravidez inexplicável, perseguição do rei Herodes, e fuga do país durante a noite, para defender o filho.

Parece que os familiares de Jesus não entenderam sua decisão de abandonar suas seguranças sociais e dedicar-se ao anúncio do Reino, interessando-se pelos marginalizados. Pensavam que ele havia perdido o juízo e queriam traze-lo de volta à casa. Quando viram que ia tendo êxito, lhe diziam que fosse para Jerusalém, a capital da Palestina: "Ninguém faz tais coisas em segredo, se deseja ser conhecido do público" (Jo 7,4).
Os evangelistas querem deixar bem claro que Maria disse "sim" ao projeto de Deus, sendo "a pobre" inteiramente disponível à vontade divina. Isto, porém não impede, até exige, que vivesse sua entrega num processo histórico marcado pela surpresa, o conflito e o sofrimento. Diante de comportamentos estranhos de Jesus, "ficava perplexa", "vacilava em seu íntimo". Deve ter sido uma mulher contemplativa da passagem de Deus pela história.
Lc 2,49-50 acusa certo desgosto de Maria quando o menino Jesus permanece no templo de Jerusalém sem avisar a seus pais. Maria, sem dúvida, teve de sofrer uma desorientação quando Jesus deixou sua profissão e sua casa; mas, acima de tudo, como toda boa mãe, teve que defender o filho contra as críticas dos familiares. E o transtorno deve ter sido terrível quando a Mãe veio a saber que haviam prendido seu filho, e o tinham condenado por blasfemo. Conforme a tradição evangélica, Maria permaneceu junto à cruz, junto a Jesus abandonado por todos. A fé verdadeira se prova e amadurece na escuridão.

-A última noticia que temos de Maria, com certa garantia histórica, é o que encontramos em At 1,14: permanecia em oração com a primeira comunidade cristã, suplicando a vinda do Espírito. Nada dizem os escritos apostólicos sobre os últimos dias e a morte da Virgem. Segundo Jo 19,27, o "discípulo amado" acolhe em sua casa a mãe de Jesus. Embora a intenção principal do evangelista seja mais teológica que histórica, talvez tenha vindo daí a tradição popular: Maria ficou com o "discípulo amado" (que se veio identificando com João) em Patmos, e ali terminou seus dias.

O que aconteceu com a tribu de Isaacar? Como ela está nos dias de hoje?

Quando o povo de Israel voltou do Egito, liderados por Moisés, os discendentes de Jacó, divididos em doze tribos, de acordo com o número de filhos de Jacó, foram morar em diferentes lugares da Palestina. Isacar se estabeleceu no Norte, com a maior parte do próprio território entre o Vale de Izreel e aquele do Jordão.
Em seguida, aos poucos, as 12 tribos se uniram e elegeram um rei, Saul. Depois veio Davi e em seguida Salomão. Quando Salomão morreu o reino foi dividido em duas partes, o reino do Norte, governado por Jeroboão e o reino do Sul, governado pelo filho de Salomão, Roboão. Dez tribos formavam o reino do norte, chamado Israel, e entre estas estava a tribo de Isacar. O resto formou o reino do sul, chamado Reino de Juda.
Em prática, quando terminou o reino de Salomão as tribos começaram a espalhar-se. A Assíria dominou o reino do norte no Século VIII antes da Era Comum e também o território de Isacar foi conquistado (732 a.C.). Todo o território foi englobado à província assíria de Meguido.
Em Gn 49,14 Isacar é comparado a um Asno ossudo, robusto, capaz de carregar muito peso. Alguns comentários dizem que significa que Isacar é uma tribo que se acontentava com os bens materiais e que se dedicaria à agricultura, sem lutar pelo poder político. Mas ao mesmo tempo que os descendentes de Isacar eram pessoas fortes e receberiam uma herança boa. Realmente a área que ganharam, na Palestina, é muito fértil. Na Bíblia parece que eles estão contente com o território que lhes tocou na divisão. De qualquer forma vemos a tribo com Zabulão, em Juízes 5, lutando e distinguindo-se pela sua bravura.
Reunir de novo as 12 tribos é um ideal messiânico. No Novo Testamento também o Apocalipse, falando dos 144.000 salvados e da Jerusalém Celeste, os coloca em relação às 12 tribos.
Não tenho notícias, hoje, de uma localização particular desta tribo. Por curiosidade, 12 de outubro passado o Congresso Mundial dos Judeus trouxe a notícia do reconhecimento formal pelos rabinos de Israel de um grupo de 200 hebreus da Índia como descendentes da tribo de Manassés ('b'nei Menashe')

Qual o significado da palavra "água" no texto, "se não nascer da água e do espírito"?

Essa pergunta tem a ver com um tema muito vasto e com diferentes níveis de significado, sobretudo se consideramos o contexto do Evangelho de João, onde aparece a frase citada (Jo 3,5). Esse Evangelista ama usar imagens as quais dá um significado cada vez mais profundo, quase querendo educar quem lê e escuta a aprender a recolher na realidade e na história aspectos novos, superando o nível mais superficial.

Isso acontece também com a palavra “água” (‘Ydor’ em greco) que aparece muitas vezes no IV Evangelo. Particularmente em algumas passagens o evangelista usa esta imagem para ilustrar a sua importância para a vida cristã, mas sempre se apoiando a um significado típico, presente no resto da Bíblia, isto é, aquile ligado à criação, à vida (nos primeiros capítulos do Gênesis, sobre as águas, parava o Espírito de Deus, que Ele domina dividendo-a e dando a elas confins precisos) e à purificação (sopretudo física, como elemento de higiene, mas que assume também um significado de purificação espiritual). No milagre das Bodas de Canã (Jo 2), Jesus transforma água em vinho, um grande “sinal” através do qual Ele se apresenta como aquele que, transformando a água em vinho, tem o poder sobre ela, um poder re-criador, ou seja, poder de dar vida nova, de qualidade excelente (o vinho).

As bodas de Canã são ligadas ao texto do qual você fala. Trata-se do diálogo entre Jesus e Nicodemos, que, tendo intuído que atrás da poder de Jesus de fazer tais “sinais” existe na verdade um relação especial entre Jesus e Deus, vai ter com ele de noite, para escutá-lo. Nesse momento Jesus abre o argumento sobre o nascimento ‘do alto’ como experiência necessária para ver o Reino de Deus. Nicodemos não entende e responde falando da impossibilidade de um homem já ancião de entrar no seio materno para nascer uma segunda vez. Jesus porém responde convidando Nicodemos a fazer um salto de nível de compreensão: o nascimento do qual falava não é físico, mas do alto, ou seja, “da água e do espírito” (no grego, língua original da narração, temos ‘ex ydatos kai pneumatos’). Dessa forma água e espírito formam um binômio inseparável na prospectiva da salvação, como se se dissesse: é necessário renascer do alto, isto é, da água com a qual, na qual está o espírito (de Deus). Também em outro lugar na Bíblia encontramos a relação entre água e espírito de divino: em Ezequiel 36,25-27, ao povo infiel que se manchou com os piores pecados, Deus, como ato de amor sem medida e misericordioso, não pune, mas dá o dom da purificação e da vida nova, rendendo-o capaz de ser fiel a Ele e corresponder al seu amor.
Todavia Joâo quer ainda insistir sobre a relação que existe entre Jesus e esta água: no capítulo seguinte, o capítulo 4, um outro encontro, aquele com uma mulher samaritana, revela que é Jesus que dá essa água. Fica claro que Ele não dá a água material, mas aquela da “vida”, isto é, que vive, que borbulha sem nunca terminar (em grego é ‘ydor zon’) e mais adiante, em 7,38, Jesus chama, gridando, quem tem sede a beber dele assim que a mesma água nasça como um rio de quem ficou saciado. No final, quando o mistério do dom da vida de Jesus se consuma e ele ‘entrega o espírito’ (Jo 19,30), do seu peito sai água misturada com o seu sangue (19,34) e o dom da água viva e plenamento realizado.

O mistério da água que dá vida, da água que faz renascer do alto, vem do alto da cruz. Derramar o sangue é dar a vida nova, é recolocar os anciãos no ventre da mãe.
No mistério da água que dá a vida, através da morte de Jesus, Paulo, escrevendo aos Romanos trinta anos antes que João escrevesse o seu Evangelho, já havia visto a morte do cristão e a seu renascer na água do Batismo, “por meio do Batismo fomos sepultos juntos a Ele na morte, por que como Cristo ressuscitou... também nós podemos caminhar em uma vida nova” (Rm 6,4).

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